sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Cromos III- Tone da Sé o intelectual


O rapaz põe uma gravata e assume o ar de intelectual. É vê-lo vomitar despachos apoiados em leis de que nem ouviu falar, mas que ele garante terem suporte legal. E fá-lo em qualquer lugar. Na rua, na praça pública, na rádio onde lhe dão vós é ouvi-lo gritar, sim porque o Tone não fala, grita, leis atrás de leis para sustentar as suas opiniões. É que o Tone opina sobre todas as matérias e fala com propriedade do que sabe e do que não sabe. Se alguém põe em dúvida o seu saber, logo o Tone cita uma lei que imediatamente deita por terra a dúvida do interlocutor. O Tone é assim: Pão pão… queijo queijo. E ainda está para nascer quem lhe faça o ninho atrás da orelha. É comunista sim senhor! E depois… Por isso é que defende o povo e por isso é que o povo lhe deu o tacho de presidente. Não sei onde o povo o foi descobrir, mas que o representa dignamente é verdade sim senhor. Em qualquer lado, intervém sempre na defesa do povo. Na Assembleia Municipal participa em todas as sessões com intervenções de fundo. Mais que uma vez durante as sessões se levanta e exclama: Eu também estou aqui!
O Tone é mesmo assim se alguém não dá pela sua insignificância ele logo protesta chamando a atenção para a sua presença que ele, só ele, acha ser muito importante. Afinal ele é um digno representante do povo e faltas de consideração ao Tone são anticonstitucionais.
Agora há um defeito que o Tone tem. Sendo muito bom nas leis parece que é uma desgraça em contas. Mas como o outro que diz não se pode ser bom em tudo.

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