terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Guimarães Versus Braga 10 a 0


Como dizia o brasileiro, foi bonita a festa pá!
A aldeia do nascimento esmerou-se e mostrou à europa como se faz cultura em Portugal e no Minho.
A variedade de eventos e de lugares de realização, a organização, a qualidade e a ligação à terra vimaranense e minhota, fez com que a abertura da Capital Europeia da Cultura, deixasse todos os que tiveram o privilégio de estar presentes, extasiados  e com a certeza que Guimarães vai cumprir os objetivos que uma iniciativa destas comporta. E nem sabem o que, como bracarense e braguista, me custa dizer isto. Rendo-me às evidências. E não fora o fato de quase morrer asfixiado na saída do Toural, acho que tudo esteve perfeito.
Vi na aldeia o que não vi na capital do Minho. Ali houve festa e houve Minho.  Enchi-me de afetos e fui envolvido em diferentes situações que pela espetacularidade das peças apresentadas com uma narrativa coerente e de fácil apreensão me mudou de espectador em participante e eu que só fui a Guimarães para dar uma olhadinha, vi-me arrebatado pela emoção de me sentir pertença a deste povo minhoto que é uma festa. Em Braga limitei-me a olhar o palco. E não me venham com a desculpa da chuva. Na aldeia estava frio, mas havia imenso calor.
 Bem sei que a natureza dos eventos é diferente. Enquanto a iniciativa vimaranense é mais abrangente a Capital da Juventude de Braga é mais redutora já que dedicada a uma faixa etária precisa. Mas não arranjemos desculpas de mau pagador. Guimarães foi o que foi e Braga ficou muito aquém do que devia ser. É que dizer que Guimarães  tem um manancial de  opções a que pode deitar mão para dinamizar as suas ações,  Braga tem de se cingir às atividades juvenis. Pois mas Juventude também é música, também é teatro, também é todo o tipo de manifestações culturais, com a agravante de ser na juventude que está a inovação, a iniciativa, a criatividade, a espontaneidade e imprevisibilidade.
Mas nada disto é uma mais valia para Braga. Já consta por aí que a Capital Europeia da Juventude serão três momentos: A Abertura, o Encerramento e pelo meio uma tourada. E tudo indica que é verdade quando vemos os agentes culturais bracarenses esperarem que as ideias culturais esbordem de Guimarães e sejam aproveitadas por Braga. É o que diz o “dinâmico”, dinamizador do Theatro Circo, Rui Tabuinhas, que em vez de aproveitar a CEJ espera que os brilhas lhe mande qualquer coisinha para a sua casa de espetáculos.
Já dizia o outro, triste povo este que não se governa nem se deixa governar. Não é a este pobo que eu pertenço. Braga é muito mais. Braga merece muito mais!

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