Eu prometi a mim mesmo que neste período eleitoral iria
ficar caladinho aqui em cima, observando, observando, satisfazendo a clientela
que me quer espreitar e não é muita- Pudera! Também ao preço de 2 euros que me puseram quem se atreve a ver a cidade
por um canudo?- não me iria meter em
politiquices. Porém estava eu um dia destes, daqueles soalheiros que acontecem
de quando em vez, a olhar a cidade e começo a ver a elevarem-se na paisagem, e
por todo o lado, uns cartazes de apresentação à cidade do candidato xuxialista
à Câmara Vitor Cabeçudo.
Está na
hora, pensei eu cá para as minhas lentes. Vai começar a festa!
Tinha
ouvido aqui ao senhor Peixoto da esplanada, que tinha sido aprovado pela Assembleia
Municipal um regulamento para a propaganda eleitoral que eu pensava que viria
disciplinar a proliferação de cartazes. Aliando isso à crise, também tinha na
ideia que os gastos iriam ser mais comedidos. Mas a julgar pelo que daqui vejo,
a politica é como o futebol, passam ao lado da crise. E se o Cabeçudo enxameou
tudo o que é rotunda e canto exposto na cidade os outros não vão querer ficar
atrás.
No
entanto e porque sou um daqueles indecisos que não sei bem ainda em quem vou
votar, observei bem o cartaz para ver se o slogan publicitário utilizado pelo
Vitor me dizia alguma coisa e pudesse, quiçá, dar-me um motivo para aderir ao
seu projecto politico.
Sei bem
que estes políticos de sincero e
verdadeiro tem pouco, mas sempre nos vão dizendo coisas ao coração que por
vezes nos toldam a inteligência e nos levam a votar neles.
Surpresa das surpresas, o Vitor Cabeçudo, não
podia ser mais explicito e verdadeiro na frase que escolheu para o seu cartaz,
o que me pôs a pensar seriamente se não estamos em presença de um politico sério
como há muito não vemos neste país.
O homem não promete nada. Nem tão
pouco fala da sua competência ou honestidade. Ele simplesmente em duas palavras
diz o que quer e ao que vem:
“Vencer 2013” é a sua proposta aos bracarenses. Nada
oferece, nada propõe. Chegar ao poleiro é o seu objectivo e isso basta-lhe.
Querem mais sinceridade?
Eu por mim sinto-me satisfeito.
Assim é que é falar com verdade aos cidadãos.
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